Can I play with Madness?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Eu sou o Ozzy (I am Ozzy)

Disléxico, hiperativo e diagnosticado com a síndrome de distúrbio de atenção. Alcoólatra e viciado crônico. Estrela do rock com vinte e poucos anos. Doses cavalares de cocaína, um laboratório ambulante que experimentou todo tipo de drogas, devidamente acompanhadas, é claro, por oceanos de conhaque, whisky, cerveja, vodka e qualquer outra bebida que você possa imaginar. Um dos maiores ícones do heavy metal, membro fundador da banda que definiu o som pesado como gênero musical. Uma figura mitológica que parece saída de um filme de terror, e que se transformou em uma mega estrela de TV. Esse é Ozzy Osbourne, um dos maiores músicos de heavy metal de todos os tempos, e um dos poucos que romperam os limites do gênero, sendo reconhecido em todo o mundo por pessoas das mais diferentes idades, religiões e países. A vida de Ozzy, repleta de histórias deliciosas que muitas vezes beiram o absurdo, acaba de ganhar o seu documento definitivo.
Eu Sou Ozzy, biografia do cantor escrita pelo próprio com a ajuda de Chrys Ayres, é uma leitura prazerosa tanto para os fãs do Madman quanto para qualquer pessoa que ousar se aventurar por suas páginas. O livro divide a vida de Ozzy em quatro fases: a infância e adolescência antes de ficar famoso, os anos ao lado do Black Sabbath, o estouro da carreira solo e a exposição maciça proporcionada pelo programa de TV The Osbournes. Em todas elas temos um texto redondinho construído sempre com frases curtas e diretas, que, ao lado das aventuras surreais vividas por Ozzy, tornam a leitura pra lá de empolgante. Quando você vê já está no final e nem percebeu. E olha que o livro não é pequeno: são 384 páginas contagiantes.
(Por Ricardo Seelig)


Sinopse: Esta obra apresenta a vida de John Michael Osbourne desde a infância e dos primórdios do heavy metal até o seu desligamento do Black Sabbath, os momentos de insanidade e a sua vida como pai de família. 'Eu Sou Ozzy' é o registro que mostra que nem tudo na vida de Ozzy foi loucura.

Se eu viver nem mais um dia, terá sido uma vida boa. A única coisa que peço é que, se eu terminar com morte cerebral em algum hospital por aí, desliguem os botões, por favor. Mas duvido que isso vá acontecer. Do jeito que me conheço, vou morrer de alguma forma estúpida. Vou escorregar na porta de casa e quebrar o pescoço. Ou vou me afogar com alguma pastilha para garganta. Ou um pássaro vai cagar em mim e transmitir algum vírus estranho de outro planeta.
(Eu sou Ozzy - pág 379)


Eu sempre falei para Sharon: "Não me creme, de jeito nenhum". Quero ser enterrado, num jardim bonito em algum lugar, com uma árvore plantada em cima da minha cabeça. Uma macieira, de preferência, para que as crianças possam fazer vinho e se embebedar. Quando ao que vão colocar na lápide, não tenho nenhuma dúvida. Se fecho os olhos, consigo ler: Ozzy Osbourne, nascido em 1948 Morreu, tanto faz. Ele arrancou a cabeça de um morcego.
(Eu sou Ozzy - Pág 380, fim do livro)

 

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